A hegemonia está mantida. O Brasil venceu o México por quatro a três (gols de Bruno Malias (dois), André e Jorginho, para os brasileiros, Hugo Lopez, Giovani Lopez e Cati, para os mexicanos) e conquistou o octocampeonato invicto na 8º Copa América (12/03/99/98/97/96/95/94), na manhã do domingo, dia 18 de maço de 2012, na final, disputada na Arena do ‘Hot Park’, no complexo Rio Quente Resorts (GO).
Com a vitória, a Seleção Brasileira manteve sua invencibilidade diante dos mexicanos em 17 partidas, e segue sem saber o que é derrota em 2012 (já são 12 vitórias consecutivas) e comemorou o quinto título na temporada (Desafio Internacional-SP, Torneio Internacional Copa Partido de La Costa-Argentina, Copa Mercosul Passos de La Pátria-Argentina, Copa Ciudad de Encarnación-Paraguai e Copa América-GO).
Na disputa do terceiro lugar, a Argentina venceu os Estados Unidos, por um a zero, nas cobranças de pênaltis (Medero marcou e Reyes desperdiçou), após empate em cinco a cinco no tempo normal, e zero a zero na prorrogação (gols de Levi (dois), De Ezeyza, Franceschini e Federico Hilaire, para os argentinos, Rodriguez (dois), Lawler, Gil e Leopoldo, para os americanos e ficou com o terceiro lugar do torneio).
Após o apito final, a organização do campeonato anunciou as premiações individuais: Bruno Malias (Brasil) foi eleito o ‘Melhor Jogador’ por unanimidade da imprensa especializada, Mão (Brasil) foi eleito o ‘Melhor Goleiro’ e André e Bruno Malias (Brasil) dividiram a artilharia com seis gols. Festa em verde e amarelo nas areias da ‘Praia do Cerrado’.
"Fico muito feliz com esses dois títulos, por ter sido campeão com a Seleção Brasileira, coroando o ótimo trabalho que estamos fazendo, e esse troféu de ‘Melhor Jogador’. O Beach Soccer tem evoluído muito e o México mostrou, mais uma vez, que ninguém mais ganha no nome, é preciso vencer na bola", frisou Malias.
"Nosso ritmo de jogo foi muito bom e o preparo físico da equipe acabou sendo o diferencial, principalmente no terceiro período, quando conseguimos ampliar para dois gols a vantagem no placar. O fim do jogo foi nervoso, com algumas faltas mais duras, mas tivemos tranquilidade para vencer a partida ", afirmou Mão, eleito ‘Luva de Ouro’ da Copa do Mundo FIFA 2009.
Guga Zloccowick comemorou a conquista, a sexta no comando do Brasil, elogiou os adversários, ressaltou algumas falhas e afirmou que a equipe ainda tem a crescer.
"Não fizemos um bom jogo, cometemos faltas e demos o contra-ataque, mas o importante foi sair daqui com a vitória, com um título que é importante para a sequência do trabalho. O México valorizou a nossa vitória, fomos mais felizes nas finalizações. Vencemos três boas seleções e isso traz confiança. Ainda temos a melhorar, a Seleção Brasileira tem um grupo de jogadores de qualidade, que estão unidos, fechados no objetivo que de jogar bem e conquistar conquistar títulos. A cada competição estamos ganhando conjunto, entrosamento, corrigindo algumas falhas e apresentando um futebol cada vez mais eficiente e bonito, que é o que queremos e o que o nosso torcedor quer ver".
Após a derrota, Ramón Raya, técnico que é o atual campeão da Concacaf, teceu elogios aos donos da casa e aos seus comandados.
"Jogamos de igual para o igual contra a melhor seleção do mundo, dentro de sua casa. Fiquei muito feliz com a entrega dos meus jogadores, tivemos qualidade no primeiro tempo, mas depois, prevaleceu a experiência do Brasil".
O próximo compromisso da Seleção Brasileira será no Distrito Federal, no fim de semana dos dias 14 e 15 de abril, quando os brasileiros disputam dois jogos contra a Argentina pelo ‘Desafio Internacional’ no Parque Águas Claras.
BRASIL 4 x 3 MÉXICO
O Brasil não tinha o baiano Anderson. O México não contava com o atacante Villalobos. A Seleção Brasileira contava com a torcida, que lotou as arquibancadas, para dar fim ao jejum de títulos na ‘Praia do Cerrado’, após os vice-campeonatos da Copa Latina em 2010 e 2011.
Já os mexicanos tentavam a primeira vitória sobre o Brasil em 17 partidas para ficar com o título. Logo aos dois segundos, Plata chutou forte, Jorginho, em cima da linha, resvalou na bola, que bateu na trave antes de sair. Susto. Plata ainda testou Mão em cobrança de falta aos 2’. Hugo Lopez também levou perigo à meta brasileira.
Os mexicanos marcavam bem, não davam espaços e abriram o placar com Giovani Lopez, cobrando falta frontal: um a zero, aos 3’25". O Brasil quase empatou na saída de bola com Jorginho, obrigando Robles a fazer grande defesa. Fernando DDI quase empatou. A Seleção Brasileira melhorou, Guga mandou à quadra Sidney, Bruno Malias, Bruno Xavier e Datinha e a equipe se tornou mais ofensiva. Tendo o controle do jogo, Xavier e Datinha exigiam reflexos do camisa 1 adversário.
Até que, numa jogada ensaiada de lateral, Datinha achou Xavier que, de peito, tocou para Malias, de bicicleta, empatar: um a um, aos 8’21". Bruno Malias marcou o segundo em outra jogada ensaiada. Sidney cobrou falta na cabeça do atacante: dois a um, a 13 segundos do fim da primeira etapa.
O Brasil voltou em ritmo forte no segundo tempo. Sidney quase ampliou, com boa defesa de Robles logo no primeiro minuto. Cati respondeu em cobrança de falta. Jogo truncado, os brasileiros dominavam, tinham posse de bola, mas não chegavam com facilidade ao ataque. E foi num lance de sorte que os rivais empataram. Rodriguez chutou, a bola quicou no ‘montinho’, tirou Bruno Malias da jogada e Hugo Lopez raspou de cabeça, desviando de Mão. Tudo igual: dois a dois, aos 6’27".
O gol não abalou a Seleção Brasileira, que parecia mais perto do terceiro gol. Sidney teve boa chance, Datinha também levou perigo e DDI quase marcou, e o empate persistiu até o fim do período. DDI quase marcou em jogada ensaiada na saída de bola do terceiro tempo. Um minuto depois, foi a vez de Buru arriscar e carimbar a trave, de longe. André chegou a driblar Robles mas, sem ângulo, perdeu excelente oportunidade. A Seleção Brasileira pressionava, empurrada pela torcida, e ficou em vantagem no placar depois de um chute de Buru.
Robles deu rebote e André só empurrou para o fundo das redes: três a dois, aos 2’39". O México tinha pouco tempo, esbarrava na boa marcação brasileira, mas dava espaços na defesa. A arena explodiu quando Jorginho, num lindo voleio, bateu se chances para Robles: quatro a dois, aos 6’35". Era o gol de número 299 do capitão em jogos oficiais pelo Brasil. Os minutos finais foram de tirar o fôlego, principalmente porque Cati, em cobrança de falta, diminuiu, a menos de dois minutos do fim do jogo: quatro a três.
O alívio só veio a dez segundos do fim. Numa última tentativa, Giovani Lopez recebeu na entrada da área e, cara a cara com Mão, chutou forte. Por cima do gol: Brasil quatro a três, hegemonia continental mantida e sem saber o que é derrota em 12 jogos em 2012.
Copa América de Beach Soccer
De 16 a 18 de março, no Rio Quente Resorts
BRASIL
GOLEIROS: Mão (Corinthians-SP) e Leandro Fanta (Botafogo-RJ)
DEFENSORES: Buru (Santos-SP), Souza (Corinthians-SP) e Fernando DDI (Corinthians-SP)
ALAS: Anderson (Corinthians-SP), Bruno Xavier (Vasco da Gama-RJ), Sidney (Botafogo-RJ) e Datinha (Sampaio Correa-MA)
ATACANTES: André (Corinthians-SP), Bruno Malias (Santos-SP) e Jorginho (Vasco da Gama-RJ)
TÉCNICO: Guga Zloccowick
ARGENTINA
GOLEIROS: Mendoza e Salgueiro
DEFENSORES: Franceschini, Galván e Medero
ATACANTES: Rodríguez, De Ezeyza, Vivas, Federico Hilaire e Levi
TÉCNICO: Francisco Petrasso
ESTADOS UNIDOS
GOLEIROS: McAndrews e Toth
DEFENSORES: Astorga, Farberoff, Spitz e Rodriguez
ATACANTES: Gil, Lawler, Leopoldo, Nunez, Reyes e Xexeo
TÉCNICO: Eddie Soto
MÉXICO
GOLEIROS: Robles e Muñoz
DEFENSORES: Rodriguez, Pichardo, Cati e Mosco
ATACANTES: Fierros, Flores, G.Lopez, H.Lopez, Plata e Villalobos
TÉCNICO: Ramón Raya
Tabela de Jogos
Dia 16 (sexta)
1º jogo: México 6 x 2 Argentina
2º jogo: Brasil 12 x 4 EUA
Dia 17 (sábado)
México 3 x 3 EUA (3 a 2 México nos pênaltis)
Brasil 7 x 3 Argentina
Dia 18 (domingo)
EUA 5 (0) x 5 (1) Argentina
Brasil 4 x 3 México