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Deve haver afeto entre o Mestre e o Estudante?

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Hoje eu gostaria de falar um pouco sobre um assunto que mexe muito com o lado emocional no ambiente escolar: a Afetividade entre o Mestre e o Estudante.

Professor(a) não é o pai, nem a mãe, tia ou avó do aluno. É por confundirem emoção com respeito que existem alunos chamando professora de TIA por aí. Professora é PROFESSORA e não TIA ou avó ou seja lá o que for.

Jamais deve-se abraçar aluno ou aluna; beijar aluno ou aluna tal como se fosse um filho, justamente porque nesse instante, "não é". Embora um professor possa ser pai ou uma professora possa ser mãe, no seu trabalho diário, deve evitar este tipo de situação até mesmo se estiver dando aulas para seus próprios filhos. Deve haver respeito de um para o outro - isso é EMPATIA, mas, jamais troca explícita de carinhos. Este ato, além de ser um agravante de possível má interpretação (ECA - Estatuto da Criança e Adolescente), não combina com a seriedade que deve ser passada pelo Mestre em sala de aula. Afora o aspecto afetivo, há que se considerar a possibilidade - por mais remota que seja - de contaminar-se ou contaminar; contagiar-se ou contagiar e portanto, é uma questão de cuidado mesmo! Ainda destrinchando um pouco mais o lado emocional, esta situação cria também, aquilo que os alunos adoram chamar de "panelinhas" - um grupo que recebe privilégios, enquanto um outro é açoitado, criando um clima de "disputa afetiva".

Ao fazer isso [beijar ou abraçar = carinhos desnecessários - em alunos(as)], um(a) professor(a) se expõe muito e cria alunos dependentes de afeto, quando na verdade, eles não precisam ser dependentes de nada. Aluno só precisa de conhecimento.

Carinho no trato pelo que ministra em sala de aula, tem um valor muito maior do que construir um ambiente cheio de dependências afetivas mestre/aluno.

Este ato, (transmitir conhecimento com carinho), além de fortalecer a auto-confiança do(a) professor(a), repassa ao estudante - não a sensação, mas sim, a segurança de estar aprendendo bem e com prazer. É desnecessário então se observar neste caso, mas, vamos lá: assim agindo, o professor estará colaborando para que o aluno esteja focado no respeito e admiração pelo seu Mestre, seu Ídolo, o seu Professor ou a sua Professora e, claro, ao mesmo tempo, interessado no conteúdo e no bom convívio na sua AMADA ESCOLA!

Há quem adore até criar na estrutura escolar, a chamada SALA DOS SENTIMENTOS - um local para conversar com alunos que enfrentam problemas afetivos, mas, no meu ponto de vista, isso apenas colabora para criar alunos ainda mais dependentes em tudo. Fazer isso, além de criar estruturas desnecessárias, atrapalha os profissionais sérios (Pedagogos(as) e Orientadores(as) Educacionais) que lá estão justamente para prever, estudar e solucionar problemas deste tipo, da forma mais discreta possível. EDUCAÇÃO É DISCRIÇÃO PURA!

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