Se não foi a estreia dos sonhos de Bruno Senna pela Williams, o saldo do Grande Prêmio da Austrália deve contabilizar muito mais do que a batida recebida logo na largada e o choque com Felipe Massa que o levou a abandonar a corrida nas últimas voltas. "Ficamos todos contentes porque vimos que temos um carro competitivo. Neste fim de semana, aprendemos bastante sobre nós mesmos e sobre os outros. E essas informações são importantes", lembrou o piloto brasileiro. O companheiro de equipe Pastor Maldonado bateu na volta final, quando tentava roubar a quinta posição da Ferrari do bicampeão Fernando Alonso.
Com o 14º lugar nos treinos classificatórios, Bruno saiu bem. "Escolhi o lado de fora porque vi que havia um monte de gente se espremendo na parte de dentro. O Daniel Ricciardo chegou forte por trás do Mark Webber e tirou o carro para não bater, me acertando bem na hora que eu passava. Tive de fazer uma parada não-prevista e isso complicou tudo, embora meu ritmo estivesse bom até o toque com o Felipe. Acho que os dois casos devem ser entendidos como acidentes normais de corrida", afirmou.
Apesar da falta de sorte da equipe, que viu um carro envolvido em choque ainda nos primeiros metros e outro deixar escapar a conquista dos primeiros pontos no apagar das luzes, o ambiente nos boxes da Williams era de satisfação. "Todos gostaram do rendimento dos nossos carros. Agora, vamos ver se conseguimos melhorar na Malásia e não cometer erros", continuou Bruno.
Embora o mantra repetido por todas as equipes de que uma comparação mais fiel entre o potencial de cada carro só fosse conhecido na abertura do calendário, Bruno acredita que uma avaliação definitiva ainda é prematura. "O circuito de Melbourne é atípico, porque é uma pista peculiar, dentro de um parque e não num autódromo permanente. Aparentemente estamos mesmo ali entre os 10, mas está tudo bastante apertado. Vamos ter de esperar pelas duas próximas etapas, começando pela do próximo fim de semana na Malásia, para ter um quadro mais claro."