A ex-senadora Marina Silva destacou hoje (19) a importância do ex-governador de Pernambuco e candidato à Presidência pelo PSB, Eduardo Campos, para a política brasileira. Marina disse que a
trajetória de Campos não deve ser esquecida com a morte dele, mas incorporada como um legado pelos que acreditam nas bandeiras defendidas por ele.
“[Eduardo foi] um homem que, mesmo diante da descrença do seu compromisso de que ia trabalhar para renovar a política, não se rendeu às criticas e continuou com a sua bandeira empunhada e até o último momento, pediu que não desistíssemos de lutar pelo Brasil. Um Brasil com justiça social, democracia, com respeito ao meio ambiente, um Brasil onde a política continue sendo a arte de lutar por um bem comum”, destacou.
Marina participou da missa em homenagem a Campos na Catedral de Brasília, que reuniu políticos de vários partidos e autoridades. A ambientalista é a mais cotada como sucessora de Campos na chapa presidencial da coligação União para o Brasil. A decisão será anunciada amanhã (20) durante reunião da Executiva Nacional do PSB, em Brasília.
Segundo Marina, que não respondeu a perguntas dos jornalistas sobre os rumos que a campanha deve tomar daqui para frente nem sobre o nome do candidato a vice-presidente que vai compor nova chapa, lamentou que os ideais de Eduardo Campos tenham se tornado conhecidos “ao preço de tamanho sacrifício e tamanho aperto”.
Emocionada, Marina disse que os que caminhavam com Campos continuam juntos e pediu que a trajetória do ex-governador de Pernambuco seja levada adiante, para que seja tratada “como um legado, em que quanto mais pessoas puderem se apropriar dele, maior ele fica”.
Segundo lideranças do PSB, Marina deve assinar, nos próximos dias, uma carta reafirmando os compromissos feitos com Eduardo Campos à época da formação da aliança para a disputa presidencial.
O vice-presidente da República, Michel Temer, disse que foi à celebração para prestar uma homenagem ao ex-governador. “Todos rezaram para guardar no seu coração a memória desse grande homem público que foi Eduardo Campos.